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O que é o Fluxo luminoso do LED?

Definimos fluxo luminoso como sendo a quantidade total de luz gerada por uma fonte em todas as direções, ele tem como unidade de medida o lúmen (lm), grandeza com base na percepção do olho humano.

Como é medido o fluxo luminoso?

O fluxo luminoso é medido através da utilização da esfera integradora ou do goniofotômetro. Quando falamos da medida de fluxo luminoso de uma luminária devemos também considerar dois procedimentos: a medida relativa e a medida absoluta.

Fluxo luminoso relativo e absoluto

No caso específico dos LEDs, utiliza-se a medida absoluta em função da luminária incorporar tanto a fonte de luz como o controlador (driver). O procedimento da IES, conhecido como LM-79, é o método mais utilizado para se medir o fluxo luminoso além de outras grandezas.

A medição efetiva do valor do fluxo luminoso de luminárias, em lumens, é um procedimento estabelecido e deve seguir alguns critérios além da utilização de equipamentos de medição corretos e devidamente aferidos.

A importância de considerar o fluxo luminoso correto

Observando outros fabricantes de luminárias, nota-se que alguns deles têm publicado valores de fluxo luminoso, potência elétrica consumida e eficácia de seus produtos sem a realização de medições efetivas e, ao invés disso, simplesmente especificando valores com base em cálculos levando em consideração algumas premissas, tais como simplesmente multiplicar o número de LEDs que compõe a luminária pelo fluxo luminoso individual de cada componente LED especificado pelo fabricante. Quanto à potência elétrica consumida, multiplica-se o valor individual da voltagem (watt) direta pela corrente direta que percorre cada LED (lúmen/watt). Com os dois resultados, calcula-se a eficácia através da divisão do fluxo luminoso total pela potência total, porém ambos valores somente calculados e não medidos.

Fatores de perda ótica

Finalmente, caso a luminária utilize algum tipo de lente, difusor, refletor etc, estima-se uma perda ótica, com base nas informações dos fornecedores, porém de difícil comprovação pois as óticas apresentam comportamentos diferentes dependendo do radiation pattern dos mais variados tipos de LEDs disponíveis no mercado.

Este procedimento está sujeito a uma grande quantidade de erros e, para provar isso, vamos analisar cada uma dessas situações individualmente:

  1. O fluxo luminoso do LED é, em muitos casos, especificado através de um valor típico e não mínimo, pois o valor típico é sempre maior. Além disso, dependendo do tipo e do fabricante do LED, o fluxo luminoso pode ser especificado tanto na temperatura de 25°C como 85° Nesse caso, observamos duas discrepâncias sendo a primeira que não temos o valor do fluxo mínimo e a segunda é qual seria o fluxo caso o LED esteja trabalhando em temperaturas diferentes das que o fluxo luminoso foi especificado pelo fabricante.
  2. O valor da voltagem direta é especificado em faixas e nunca em valores absolutos. Dependendo do fabricante, os bins da voltagem direta apresentam variações consideráveis, portanto fica muito difícil determinar o valor exato da voltagem direta e consequentemente o valor da potência consumida. Além disso, os lotes de LEDs recebidos podem conter vários bins de voltagem direta o que introduz erros adicionais ao processo.
  3. Por fim chegamos nas perdas óticas que, conforme acima descrito, são muito difíceis de se prever em função da grande variedade de óticas, fabricantes e LEDs utilizados.

Eficácia Luminosa

Como resultado, nos deparamos muitas vezes com valores de eficácia luminosa (lúmen/watt) muito acima da realidade, o que induz erroneamente comprometendo a tomada de decisão por parte do especificador ou comprador.

Como conclusão, e a fim de evitar todos estes possíveis erros de especificações e informações não verdadeiras, o recomendável é a realização da medição efetiva do fluxo luminoso e demais características da luminária completa integrando todos os componentes e com a utilização de métodos e equipamentos adequados sempre recorrendo aos laboratórios acreditados.

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